De repente, um acidente, e os olhos são atingidos. Qual será a medida mais acertada:
a) Lavar os olhos;
b) Pingar um colírio;
c) Colocar um tampão no olho machucado;
d) Buscar atendimento de um oftalmologista imediatamente;
e) Esperar, pois naturalmente o olho se recupera.
Se você escolheu a letra D, está no caminho certo. Afinal, quem não é médico oftalmologista não tem conhecimentos – nem equipamentos – para avaliar a extensão dos danos que os olhos podem ter sofrido. Mas, dependendo do tipo de acidente, antes mesmo de chegar ao médico é possível tomar algumas providências, que podem reduzir o potencial de dano.
Casos mais graves de trauma ocular representam risco de desenvolver uma catarata precoce ou até o descolamento de retina (região ocular responsável pela formação das imagens captadas pelo olho, bem como pela transmissão dessas informações para o cérebro). Esse quadro é considerado de urgência oftalmológica e o paciente pode precisar de cirurgia.
Crianças requerem mais atenção
Crianças se machucam em casa, na escola e em outros locais onde brincam. Infelizmente nem sempre os pais sabem do ocorrido, ou conseguem saber como foi, para dimensionar a extensão do problema. Às vezes as crianças omitem dos pais os traumas oculares frutos de briga, quedas ou contusões, para evitar castigos ou a interrupção da brincadeira.
Esse comportamento pode fazer com que a ida ao oftalmologista só aconteça quando o quadro de trauma ocular já se agravou. Por isso, é importante conversar com as crianças e explicar que os olhos devem ser protegidos, que não se deve brincar com objetos pontiagudos, e também que qualquer pancada na região dos olhos precisa ser contada o mais rápido possível.
Estudos mostram que traumas oculares são a maior causa de cegueira monocular (perda da visão em um dos olhos) entre crianças, e que esses acidentes acontecem dentro de casa, no quintal ou na escola. Se um trauma ocular aconteceu, após o atendimento oftalmológico urgente essa criança deverá ter acompanhamento médico periódico. Mesmo que o trauma seja considerado leve, é importante prevenir que surjam quadros secundários mais sérios, como um glaucoma
Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)/Edição 15