Procedimento é seguro, rápido, praticamente indolor e restaura a acuidade visual dos indivíduos com hipermetropia
Antes de mais nada, vamos explicar o que é a hipermetropia. O distúrbio é caracterizado pela dificuldade em enxergar objetos próximos. Isso porque a anatomia do globo ocular é menor que o normal, gerando a refração da luz atrás da retina.
No Brasil, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, entre 30% a 40% da população possui hipermetropia. O tratamento mais comum é o uso de óculos ou lentes de contato de grau, de forma contínua, que auxilia na correção.
Mas, você sabia que a cirurgia refrativa a laser pode ser uma ótima alternativa para ter independência do uso dos óculos ou das lentes, com excelentes resultados em hipermétropes? Entenda melhor.
Cirurgia refrativa a laser
O procedimento visa corrigir a estrutura da córnea para que a luz seja captada corretamente pela retina. Como a cirurgia usa como recurso tecnológico o laser (LASIK e PRK), o procedimento é bastante seguro e eficiente.
Todo o processo é relativamente rápido, não mais do que 30 minutos, praticamente indolor e o paciente pode ir para casa logo após a cirurgia, sem necessidade de internação. A recuperação da acuidade visual já se dá logo nas primeiras horas, com evolução progressiva ao longo dos dias.
Quando o paciente com hipermetropia está apto para a cirurgia
É comum que as pessoas que têm graus baixos não sejam encaminhadas para o procedimento cirúrgico, sendo recomendada a continuidade do uso dos óculos ou lentes de contato com grau. Lembrando que os acessórios não corrigem o problema, somente a cirurgia refrativa a laser.
Agora, há alguns critérios que são considerados para a indicação do procedimento aos pacientes. Além de uma minuciosa avaliação das condições da saúde ocular e saúde geral, o oftalmologista observa os seguintes requisitos:
1) Pacientes acima dos 21 anos;
2) Estabilização do grau há pelo menos 1 ano;
3) Não ter outros problemas oculares, como por exemplo: ceratocone (leia mais sobre o ceratocone clicando aqui), ceratite, blefarite, úlcera de córnea;
4) Grau máximo de 5 dioptrias. Acima deste índice, a cirurgia não conseguirá realizar a correção necessária da córnea para recuperar a acuidade visual e o paciente poderá apresentar hipermetropia residual.
Cuidados pós-operatórios são primordiais
- Evitar esforços oculares como leitura, TV ou outras atividades que exijam nitidez de imagem, logo após a cirurgia.
- Dormir com o protetor ocular por 7 dias, em caso de Lasik.
- Usar corretamente as medicações prescritas.
- Não levar as mãos aos olhos e evitar situações com risco de trauma ocular.
- Se ocorrer lacrimejamento, usar lenço de papel descartável e lavar bem as mãos antes de aproximá-las dos olhos.
- Evitar a exposição solar direta nos primeiros meses e usar óculos escuros com proteção UVA e UVB sempre que sair de casa.
- Evitar nadar ou tomar banho de piscina, lago, mar e sauna no primeiro mês.
- Não utilizar maquiagem próximo aos olhos nas primeiras semanas.
- Não deixar escorrer espuma de sabonete ou shampoo nos olhos na primeira semana após a cirurgia.
Escrito por Dra. Erika Christina Canarim Martha Pinho, médica oftalmologista. CRM 91761 | RQE: 59997