No passado, as lentes de contato eram consideradas como artefatos de luxo, usadas por vaidade. Mas, isso mudou.
As lentes de contato passaram por grande mudanças e avanços e hoje são uma alternativa terapêutica de alta qualidade, por vezes única, cujo o uso possibilita a melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Nos últimos 50 anos a adaptação de lentes de contato se disseminou em todos os países do mundo e passou a ser uma opção cada vez mais frequente, não apenas entre os adultos e jovens, mas também em adolescentes e idosos.
As lentes de contato permitem a correção de quase todos os graus, e representam a terapêutica preferencial em grande número de casos de ceratocone avançado, tratamento pós transplante de córnea, pós cirurgia refrativa, opacidade de córnea e anisometropia (grau mais forte em um olho só).
Portadores de altos graus (miopia e hipermetropia) costumam ter deformações nas imagens e falta de nitidez, geradas pelas lentes de grande espessura dos óculos. Essas “aberrações” são praticamente eliminadas com o uso de lentes de contato, além de melhorarem a estética e a autoestima.
Outras situações especiais em que é recomendado o uso de lentes de contato:
Portadores de aniridia (ausência parcial ou total da íris – colorido dos olhos), albinismo ou lesões pupilares permanentes (pupila-orificio central do olho). Esses pacientes costumam ter muita aflição a luz (fotofobia) e o uso de lentes de contato filtrantes (lentes especiais, pintadas), reduz consideravelmente a fotofobia. Além de melhorarem a estética dos olhos.
Portadores de nistagmo (movimento incoordenado dos olhos). Nesse caso, as lentes de contato podem diminuir a amplitude dos movimentos e possibilitar melhor visão.
Contudo, a utilização de lentes de contato, independente do caso, altera a fisiologia ocular e essas mudanças podem levar ao surgimento de complicações potencialmente graves. Por esse motivo é que só os oftalmologistas podem adaptar lentes de contato.
Fonte: Soblec (http://soblec.com.br/tenho-alto-grau-de-miopia-por-que-vejo-melhor-com-minhas-lentes-de-contato)
Autoria: Regina Carvalho e Prof. Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello