A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que, a cada ano, entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas ficam cegas no mundo em decorrência dos danos causados por traumas oculares, e quando se trata de pessoas com mais idade os riscos são ainda maiores. Isso porque, com o passar do tempo, os reflexos não são mais os mesmos, além disso, os ossos se desgastam favorecendo acidentes.
Segundo um estudo realizado nos Estados Unidos, durante os anos de 2001 e 2007, 70% dos acidentes oculares com pessoas acima de 65 anos ocorreram no ambiente doméstico; os riscos aumentam acima de 75 anos. Nesse contexto, os cuidados devem ser redobrados para garantir a segurança dos idosos.
Constantes quedas são comuns na terceira idade, e representam um problema de saúde pública com importante impacto social na vida dos idosos. Nesta fase da vida as alterações fisiológicas são progressivas, afetando o equilíbrio e levando ao aumento nos riscos de queda nesta idade. Com isso, há perda da confiança, baixa autoestima, isolamento social e até depressão.
Algumas circunstâncias favorecem a queda:
- Condições do ambiente em que vivem;
- Sedentarismo;
- Doenças relacionadas ao envelhecimento;
- Comprometimento da acuidade visual;
- Medicamentos de uso contínuo;
- Doenças que comprometem os músculos e ossos – artrose, osteoporose e labirintite, doenças cardíacas e neurológicas.
A informação, de fontes oficiais, é uma forma de prevenção, por isso, deve ser observada para evitar acidentes tanto no ambiente doméstico ou em qualquer outro lugar que apresente algum risco para a saúde. No caso de idosos, é importante que na casa não tenha tapetes e os banheiros devem ter barra de proteção.
Exames oftalmológicos regulares, uma dieta saudável rica em cálcio e vitamina D, banhos de sol para fortificar os ossos, identificação de medicamentos, com ingestão na hora certa e realização de um programa de atividades física para proporcionar mais equilíbrio, coordenação e força muscular também são práticas que podem melhorar não só o ambiente, mas a vida do idoso.
Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)/Edição 15