Hábito de fumar e as doenças oculares

Hábito de fumar e as doenças oculares

ídica do filme lacrimal (parte oleosa da lágrima), diminuição da produção basal de lágrima (necessária para lubrificação dos olhos no auxílio em mantê-los livres da poeira), diminuição da sensibilidade da córnea e da conjuntiva, diminuição da concentração de fluído lacrimal e desenvolvimento de tecido adiposo na conjuntiva.

Nos casos em que o fumante usa lentes de contato, existem grandes chances de desenvolvimento de infiltrados de córnea, quando comparado a usuários de lentes não fumantes. Pessoas que usam lentes de contato e fumam têm risco maior de desenvolver uma doença chamada ceratite ulcerativa (um tipo de infecção na córnea), independentemente do tipo de lentes de contato que usam.

Doença do sistema nervoso associada a perdas características de campo visual, em que a hipertensão ocular é fator de risco maior, o glaucoma está associado à perda irreversível da visão. “Segundo estudos recentes, há uma fraca correlação entre o há- bito de fumar e o glaucoma”, esclarece o especialista. O hábito de fumar pode ser um dos fatores ambientais que afetam negativamente o nervo óptico, aumentando o risco de glaucoma.

Um estudo da ação do humor aquoso (líquido incolor entre a cavidade do olho, a córnea e o cristalino) demonstrou um aumento de até 5 mmHg na pressão intraocular imediatamente após fumar. Isso indica que é possível que os vasoconstrictores seletivos gerem um aumento da pressão dos vasos epiescleral, impedindo o fluxo normal de escoamento do humor aquoso.

O paciente que fuma e é diabético está ainda mais vulnerável. Isso porque há um efeito aditivo negativo do ato de fumar que se associa às alterações vasculares induzidas pelo próprio estado hiperglicêmico. O tabagismo é mais um dos muitos fatores de risco, que incluem idade avan- çada, traumatismo, inflamação intraocular persistente, radiação ultravioleta, diabetes mellitus, hipoparatireodismo, administração prolongada de corticosteroides e índice de massa corpórea elevado. A catarata apresenta relação epidemiológica com o hábito de fumar, na forma dose dependente e cumulativa.

Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) 

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